Primeiros HABITANTES e origens

PRIMEIROS HABITANTES

 - OS PIONEIROS -

Aqui neste local residiam primeiramente apenas os Índios, que eram acompanhados por jagunços e caboclos que por aqui acampavam de vez em quando.

Esses indígenas foram levados para Tocantins/TO, por Augusto Küchler e seu filho Augusto Küchler Junior, em 1886. Augusto era amansador de índios e foi contratado pelo Governo para retirar os índios dessa região.

Entre os anos 1900-1904, Augusto Kuchler Junior retornou para cá, vindo da região de Tocantins/TO, trazendo de São Paulo 05 famílias de imigrantes europeus, que são os Trierweiler, Kolita, Dr. Kurt Kirchholff, Luiz Schiessl

e outra que não se sabe o sobrenome. 

O Dr. Kurt era médico do exército da Alemanha na época da Primeira Guerra Mundial e cuidou de inúmeros feridos, já veio com bastante

 idade e aqui faleceu com mais de 100 anos

 e o Luiz Schiessl era ferreiro. 

Augusto Junior deixou essas pessoas por aqui e retornou para São Paulo e trabalhou por mais alguns anos, casou e ficou viúvo. Quando retornou, aqui conheceu uma moça chamada Maria, mas novamente retornou para São Paulo, até que mais ou menos em 1915, voltou para casar e aqui ficar definitivamente. Depois de viúvo pela 2º vez, conheceu Eulilia Tufek Kuchler, vinda de Lages com quem teve 09 filhos e viveu até ser morto por indígenas vindos do Tocantins,

 que o perseguiam.

Nessa época, outras pessoas já haviam chegado, com picadas na mata feitas de Canoinhas até aqui, como Luiz Damaso da Silveira com seus filhos, sendo Luiz Filho (o mais velho) e seus irmãos Francisco, Moisés, Davi e Ernesto percorreram o mato até encontrar este local e retornaram para Canoinhas. 

Mais tarde, antes de 1900, Luiz Damaso da Silveira em companhia de seu genro ESTANISLAU SCHUMANN vieram
 para ficar e juntamente com os já habitantes do local fundaram o povoado denominado primeiramente de “Toldo”. 

Estanislau Schumann que estava à procura de um bom lugar para viver, com bom clima e terra boa, ao conhecer este local não teve dúvidas, logo veio e fixou suas raízes trazendo então sua esposa Maria Luiza Damaso da Silveira e
 seu filho Estanislau Schumann Filho
(filho da 1ª esposa Ana Krum, já falecida).

 Com Maria Luiza teve 03 filhos: Eduardo Schumann, Enedina Schumann e Eulália Schumann. Mais tarde também veio para cá, Tide Schumann, irmão de Estanislau Schumann que viveu por aqui alguns anos e foi embora.

Entre as primeiras famílias que aqui chegaram destaca-se a de Lucas Poloniski em 1916, vinda da região de Itaiópolis. Da Lapa/PR, vieram os irmãos João e Manoel Sampaio.

 Em 1920 chegaram de São Bento do Sul, Carlos Wagner e Bernardo Rudnick. De Joinville veio em 1922 o Joaquim Bento Pereira e em 1923, João Schimboski proveniente da Lapa/PR.

A primeira casa de comércio existente era de Paulo Guinter. O primeiro padeiro e açougueiro que aqui se estabeleceu foi Teodoro Biacort e mais tarde chegou o primeiro dentista que se chamava Emílio Schereder.

Manoel Bueno, seu genro Camilo dos Santos Corrêa e Teodoro de Andrade, também chegaram nessa época e logo tomaram posse de terras, foram Camilo e Teodoro que doaram o terreno do cemitério na época da Guerra do Contestado, mais tarde foram trabalhar e tocar a serraria de Eduardo Schumann. 

Sem a precisão de datas, sabe-se que muitas famílias chegaram em Bela Vista do Toldo no início de sua história e dão origens as famílias
 que hoje aqui residem.

Dentre tantas, devem-se destacar: 

Maria Poloniski (1ª parteira, conhecida como ‘“Baba Luca” - 1916 - esposa de Lucas Poloniski) sucedida por Maria Scheremeta, Josefa Tyszka Czerniak, Frida Kohler, Paulina Ludka; 

Paulo Günter (proprietário da 1ª bodega/armazém) sucedido por Joaquim Bento Pereira e sua esposa Augusta e

Francisco Pereira; 

1ª Professora Elvira Ricardo da Silva; 

Professora Gertrudes Muller (1920), 

Professores Nei e José Pacheco de Miranda Lima; 

Professora Rosa Matoso Braga; 

Professor Manoel da Silva Quadros (1926); 

Professor Pedro Xavier Vieira; 

Professora Clara Bozana; 

Professora Eulália Wolff Pacheco; 

Professora Olindina Rocha Ludka; 

Professor Alfredo Ludka; e tantos outros;

Augusto Kuchler Junior; 

Juca Matoso; 

Germano Tiburski (proprietário da 1ª serraria) sucedido pelos Irmãos Fernandes; 

João Knoreck (seleiro) e sua esposa Ana (modista); 

Carlos Wagner; 

João Correa; 

Luiz Schiessl (1º ferreiro) sucedido por seu aprendiz Paulo Ossowski, sua esposa era Helena Seráfin e depois por Vitor Pereira que com pouco mais de 20 anos já montou sua própria ferraria.

Adão Tyszka e sua esposa Maria Schimboski; 

Carlos Schermack e sua esposa Ema (colonos); 

João Kolita e sua esposa Candoca (comerciantes); 

Francisco Schimboski e sua esposa Maria (colonos); 

Francisco Pereira e sua esposa Vitalina (comerciantes); 

Miguel Lessak (alfaiate) e sua esposa Verônica; 

Bernardo Rudnick; 

Pedro Trierweiler e Mariechen; 

Alberto Kohler e sua esposa Helena; 

Emílio Kuchler (tocava, fazia e vendia gaita – foi ele quem fez os primeiros bancos da nossa Capela, que estão lá até hoje – aqueles mais compridos) e sua esposa Estefana (curandeira); 

Adolfo, Roberto e Alvino Koch; 

Marcilha Schumann; 

Augusto Alves da Maia; 

Manoel Sampaio;

Pedro Gordo; 

E as famílias Greschechen; Veiga; Padilha; Soares; Schadeck; Franklin; Rezende; Gonçalves; Sampaio; Leal; Guesser; Alípio; Tomacheski; Doerlitz; Quadros; Melo; Jukoski e Suchinski, entre muitas outras. 

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DA ONDE VIERAM - NOSSAS ORIGENS

Antes da Guerra do Contestado (1912-1916), a região onde hoje fica Bela Vista do Toldo era passagem de tropeiros que transportavam gado, couro e charque do Rio Grande do Sul para São Paulo e Minas Gerais. Ali eles paravam para descansar e, por volta de 1880, foram surgindo pequenos povoados pela região, com tropeiros que permaneciam no local das paradas.

Também foi antes da ocorrência da Guerra do Contestado, que Estanislau Schumann e Luiz Damaso da Silveira fixaram residência no "Toldo", juntamente com suas famílias. Estes vieram da Lapa/PR, estiveram em Canoinhas e depois chegaram até aqui. 

Estanislau era da Polônia e os ancestrais da Família Damaso da Silveira vieram diretamente de Portugal.

No decorrer e logo após a Guerra do Contestado muitos caboclos também fixaram residência neste vilarejo e dão origens a muitas das famílias de nossa comunidade. Muitos desses caboclos vieram das mais diversas regiões desse país para trabalhar na construção da estrada de ferro e por gostar ou por não poder voltar, por aqui ficaram. 

E depois da Guerra do Contestado uma leva de imigrantes poloneses chegou às terras em busca de melhores oportunidades. Nessa época o território ainda pertencia ao Paraná. Também chegaram os imigrantes italianos, alemães e ucranianos, e mais tarde alguns japoneses, muitos deles fugindo da Segunda Guerra Mundial.

Também é importante saber que muitas das famílias existentes no município hoje também têm descendência portuguesa, pois seus ancestrais vieram diretamente de Portugal para o Brasil, ainda na época do império.

Cito alguns sobrenomes de origem portuguesa: Silveira, Pereira, Corrêa, Santos, Ferreira, Maia, Silva, Alves, Pacheco, entre outros.

Muitos destes, podendo ter ainda, bem no início, provável origem espanhola (no entanto, para confirmar essa informação é necessário uma pesquisa apurada sobre a origem de cada família).

Nota: Quem tiver novas informações, esteja a vontade em me procurar pois terei a grande alegria e satisfação em corrigir e/ou acrescentar novos dados a este blog.

Att, Carla Simone Corrêa da Maia